quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
MarĂlia Arraes vira poblema para PT e PSB
Forjada na polĂtica em 2008 quando se elegeu vereadora do Recife por obra e graça de Eduardo Campos, MarĂlia Arraes rompeu com o primo em 2014 quando ele negou-lhe legenda para disputar um mandato de deputada federal.
Foi a partir dali que ocorreu um divisor de ĂĄguas na trajetĂłria polĂtica de MarĂlia, que subiu no palanque de Armando Monteiro e ousou confrontar a hegemonia do PSB. Mesmo Armando perdendo, MarĂlia acabou ganhando independĂȘncia.
Muitos consideravam sua carreira polĂtica sepultada, quando em 2015 decidiu se filiar ao PT para disputar a reeleição. Num momento em que muitos estavam deixando a legenda, a neta de Arraes fez o caminho inverso e entrou no Partido dos Trabalhadores.
Nas eleiçÔes de 2016, contrariando todos os prognósticos, atingiu quase 12 mil votos sendo a sexta parlamentar mais votada do pleito, cujo resultado foi superior às duas ocasiÔes que se elegeu com o apoio de Eduardo.
TĂŁo logo foi reeleita, teve seu nome colocado no tabuleiro como prĂ©-candidata a governadora do PT. Naquele momento de 2016, o partido nĂŁo possuĂa nenhum nome majoritĂĄrio e MarĂlia seria uma espĂ©cie de reconstrução da sigla, que esfacelou-se em Pernambuco durante o reinado do PSB.
Um ano depois de colocada a sua prĂ©-candidatura, MarĂlia Arraes coleciona uma sĂ©rie de adesĂ”es a sua postulação que jĂĄ atinge dois dĂgitos nas pesquisas com bons nĂșmeros no interior do estado.
O que parecia ser uma brincadeira de criança virou um problema para o PT e para o PSB. No caso dos petistas, MarĂlia disputando o governo e perdendo a disputa, ainda assim tende a se tornar a maior liderança polĂtica do estado.
JĂĄ no caso dos socialistas, MarĂlia Ă© uma preocupação ambulante, pois ela surge como um nome capaz de roubar os histĂłricos arraesistas e atĂ© mesmo parte do eleitorado que ajudou a colocar Eduardo Campos no PalĂĄcio do Campo das Princesas.
Faltando dez meses para a disputa, MarĂlia Arraes virou o pesadelo de Humberto Costa, JoĂŁo Paulo, Paulo CĂąmara e Renata Campos, pois a cada mĂȘs que se passa fica cada vez mais difĂcil para o PT negar legenda a ela para formalizar uma aliança com o PSB, que Ă© o desejo da cĂșpula dos dois partidos.
Fonte: blog Edmar lira
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