terça-feira, 23 de maio de 2017
Em nota, Paulo CĂąmara nega ter recebido propina da JBS
O governador Paulo CĂąmara repudiou, atravĂ©s de nota, o que ele chama de exploração polĂtica de uma delação de um diretor da JBS. Segundo publicação do JC, Ricardo Saud, em sua delação afirmou que pagou propina a CĂąmara, Geraldo JĂșlio e ao senador Fernando Bezerra.
Confira a Ăntegra da nota do governador
Venho repudiar, veementemente, a exploração polĂtica do depoimento do delator Ricardo Saud, que, jĂĄ antecipo, nĂŁo corresponde Ă verdade. NĂŁo recebi doação da JBS de nenhuma forma. Nunca solicitei e nem recebi recursos de qualquer empresa em troca de favores. Tenho uma vida dedicada ao serviço pĂșblico. Sou um homem de classe mĂ©dia, que vivo do meu salĂĄrio.
Como comprovarĂĄ quem se der ao trabalho de ler o documento que sintetiza a delação, o prĂłprio delator afirma (no anexo 36, folhas 72 e 73) que nas doaçÔes feitas ao PSB Nacional "nĂŁo houve negociação nem promessa de ato de ofĂcio", o que significa que jamais houve qualquer compromisso de troca de favores ou benefĂcios. Desta forma, Ă© completamente descabido o uso de expressĂ”es como "propina" ou “pagamento”.
Reafirmo a Pernambuco e ao Brasil que todas as doaçÔes para a minha campanha foram feitas na forma da lei, registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral".
Paulo CĂąmara
Governador de Pernambuco
ENTENDA O CASO
Segundo o JC, o diretor da JBS, o delator Ricardo Saud afirmou, em delação a força-tarefa da Lava Jato, que negociou o pagamento de propina na campanha de 2014 com o governador de Pernambuco, Paulo CĂąmara, e com o prefeito do Recife, Geraldo Julio; ambos do PSB. Tudo começou com um acerto para pagar R$ 15 milhĂ”es para a campanha presidencial do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto de 2014. A delação envolve tambĂ©m o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), este Ășltimo com um pagamento de um milhĂŁo de reais.
"Exatamente no dia que ele faleceu, eu estava com o Henrique que era a pessoa dele que ele mandava... Ou o Henrique, ou o Paulo CĂąmara ou o Geraldo Julio para ir lĂĄ tratar da propina", afirma Saud.
Após a morte de Eduardo, Saud conta que foi procurado por Geraldo Julio pedindo para que fosse honrado o pagamento do que havia sido negociado com Eduardo. O objetivo era vencer a eleição pelo governo de Pernambuco.
No inĂcio, a JBS queria pagar apenas o que foi combinado com o ex-governador. "NĂłs chegamos ao meio termo que Ăamos pagar para nĂŁo atrapalhar a campanha do Paulo CĂąmara. E ainda darmos uma propina para o Paulo CĂąmara em dinheiro vivo lĂĄ em Pernambuco", afirma.
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